De acordo com os últimos dados oficiais, há aproximadamente 22 milhões de evangélicos (22% do total) contra 125 milhões de adeptos do catolicismo (64%).
A população que se declara evangélica deve ultrapassar pela primeira vez o total de católicos no país a partir de 2032, quando o número absoluto de seguidores de cada uma das duas religiões deve ficar em torno de 90 milhões.
Os números constam em estudo do demógrafo José Eustáquio Alves, professor aposentado da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE.
Segundo o especialista, o número de brasileiros adeptos da religião evangélica cresce em média 0,8% ao ano desde 2010, enquanto a quantidade de católicos diminui 1,2% no mesmo período. Desta maneira, a progressão geométrica indica para que cada uma das duas religiões corresponda a cerca de 40% da população até o ano de 2032. Se a curva se mantiver, por volta deste ano, portanto, os evangélicos devem se tornar maioria no país.
“Estamos vivendo uma transição religiosa nos últimos anos”, diz Eustáquio Alves, que estende sua avaliação para todos os países da América Latina.
A alteração mais emblemática no quadro religioso do Brasil, porém, deve ser confirmada em 2022, quando há previsão de os católicos representarem, pela primeira vez, menos de 50% da população.
Para o pesquisador, os resultados das últimas eleições gerais, que ampliaram a presença de evangélicos no Congresso, são o reflexo mais direto deste fenômeno no Brasil.
Segundo Alves, nos Estados Unidos, onde está a maior população absoluta de evangélicos do mundo, o fenômeno é diferente. “Os que se declaram sem religião são os que mais crescem lá”, diz o pesquisador.
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Fonte/Créditos: Portal Gospel Play, com informações de GUIAME, via VEJA
Créditos (Imagem de capa): Eventos evangélicos reúnem, cada vez mais, grandes multidões. (Foto: Imagem de JF por Pixabay)
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