O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (11) a nova classificação do Plano São Paulo para conter a pandemia de Covid-19.
A fase, que é ainda mais rígida que a vermelha, foi motivada pelo iminente colapso no sistema de saúde do estado e aumento de internações e mortes causadas pela doença.
A nova fase, inicia no próximo dia 15 e segue até o dia 30 de março. Até lá, a fase vermelha continua vigente, permitindo apenas o funcionamento de serviços essenciais no estado. Entre as novas medidas, está a restrição de cultos e atividades religiosas no estado e fechamento de praias e parques.
“Os nossos hospitais estão comprometidos, chegando a 100% da sua ocupação. Estamos, portanto, no limite. Hoje, 53 municípios estão com 100% nas taxas de ocupação, lembrando que na segunda-feira esses municípios era 32. É a velocidade da pandemia no nosso estado que compromete a assistência” reforçou o secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn.
Ao todo, 14 novas restrições foram anunciadas na tarde desta quinta-feira (11). As atividades consideradas essenciais e agora suspensas são:
Serviços essenciais
- Farmácias seguirão funcionando 24h;
- Supermercados seguirão funcionando 24h;
Atividades ao ar livre
- Praias e parques estarão fechados e com uso proibido;
- Proibição completa de qualquer aglomeração;
Atividades e setores não essenciais
- O home office será obrigatório para todas as atividades administrativas não essenciais, incluindo órgãos públicos;
- Os serviços de entrega de alimentos e produtos ao cliente serão permitidos durante todo o dia apenas no sistema delivery; os drive-thrus estarão abertos entre 5h e 20h;
- Retirada de produtos e refeições nos estabelecimentos está proibida;
- Lojas de material de construção estarão fechadas;
Igrejas e atividades esportivas
- As celebrações religiosas coletivas estão proibidas;
- Atividades esportivas coletivas foram suspensas;
Funcionamento das escolas
- As escolas públicas estarão abertas apenas para alimentação e distribuição de materiais e chips (com agendamento prévio);
- A recomendação é para que todas as atividades nas escolas sejam reduzidas ao mínimo necessário;
- Na rede particular a prioridade deve ser o ensino remoto, mas as escolas poderão operar com 35% da capacidade;
- O recesso escolar foi antecipado para o período de 15 a 28 de março;
Transporte público
- O transporte público seguirá funcionando normalmente, sem redução do efetivo de ônibus, trens e metrô.
- O governo orienta que as empresas adotem horário de entrada escalonado para os trabalhadores, evitando, assim, aglomerações no transporte. A escala ficou da seguinte forma:
- das 5h-7h: trabalhadores da Indústria;
- das 7h-9h: trabalhadores de Serviços;
- das 9h-11h: trabalhadores do Comércio.
O toque de restrições, anunciado em fevereiro, segue vigente das 20h às 5h, com restrição de circulação de pessoas em vias e espaços públicos, com possibilidade de aplicação de multa para pessoas a pé e carros que estiverem passeando. Além disso, o estado determinou como obrigatório o trabalho remoto em repartições públicas, escritórios e todos os serviços considerados não-essenciais no estado.
Os serviços essenciais que se manterão abertos nesta fase emergencial, como supermercados e farmácias, continuarão a funcionar e quem estiver circulando deve apresentar motivo de urgência, como saúde e trabalho, para estarem na rua.
As aulas parcialmente presenciais nas escolas públicas e privadas do estado continuam autorizadas, porém com agendamento prévio e funcionamento voltado para alimentação e entrega de materiais. “Se a escola precisar realizar uma atividade presencial ou receber um aluno que precisa, ela poderá”, afirmou o secretário de educação, Rossieli Soares.
Multa só ocorrerá em caso de reincidência, como já acontece no chamado “toque de restrição”.
A decisão sobre a fase emergencial foi tomada em reunião com integrantes do Centro de Contingência do Coronavírus hoje pela manhã. A gestão de Doria avaliou que a criação de uma nova fase no Plano São Paulo seria mais didática para a população do que somente anunciar medidas restritivas adicionais à fase vermelha.
O governador também seguia avaliando os impactos políticos que a decisão poderia ter, considerando que já vem enfrentando protestos de setores do comércio contra a adoção da fase vermelha em todo o estado. As igrejas e as escolas eram um ponto sensível, já que foram mantidas em funcionamento mesmo com o fechamento de tudo que não é considerado atividade essencial.
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Fonte/Créditos: Portal Gospel Play, com informações de UOL, Veja e Isto É Dinheiro
Créditos (Imagem de capa): Todo o estado de São Paulo estará na fase emergencial por 15 dias. (Foto: Vídeo reprodução / Veja).
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