Setembro é o mês internacional da prevenção ao suicídio, o movimento é mundial, as ações são concentradas no dia 10 e estendidas durante todo o mês, o objetivo é conscientizar a população sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe prevenção em mais de 90% dos casos.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) é quem coordena as atividades em todo o país. O atendimento no CVV é feito por voluntários, como o Clóvis Sary, que estão disponíveis 24 horas por dia. Eles estão a postos para ouvir o desabafo das pessoas e ajudá-las a sair da depressão.
Tal como ocorre no mês de Maio Rosa ou no Novembro Azul, amarelo é a cor da vida, da luz, do sol, busque informações, procure ajuda.
De acordo com informações do Mapa da Violência, em 2012, 117 meninos e meninas entre 10 e 14 anos se suicidaram no Brasil. No ano 2000, foram 83. Os números provocam questionamentos. O que leva pessoas tão jovens a se matarem? Quais as motivações para que nesta fase ainda inicial de transição da criança para o adulto, o sofrimento seja tão intenso e a morte deliberada ocorra? A inquietação nos incentiva a buscar informações. E é nesse espírito de prevenção, de conhecer para agir, que convidamos você a participar a campanha Setembro Amarelo.
A ideia é auxiliar na quebra de tabus e na conscientização da sociedade sobre o tema. Contribuir para que cada um, como sugerido pelo Iasp, entidade internacional de prevenção do suicídio, possa colaborar com a prevenção. O tema “Trabalhando juntos para Prevenir o Suicídio” é um estímulo à rede de apoio para redução dos crescentes índices.
A questão é complexa e, como tal, a resposta não pode ser simplista. Mas é preciso falar. O suicídio pode ser prevenido com informação. A identificação de sinais, a oferta e a busca por ajuda ainda enfrentam barreiras muitas vezes por preconceitos. Falar sobre suicídio costuma ser delicado, até mesmo pronunciar a palavra provoca às vezes uma situação de desconforto. Algo como já foi a lepra ou o câncer. Com a diferença que a dor psíquica em muitas situações é encarado como de menor importância que a dor física.
As mortes por suicídio, sobretudo quando ocorre com os mais jovens, causa comoção. Mas ela é fato em todas as faixas etárias: são 32 brasileiros por dia, quase 1 milhão de pessoas por ano no mundo. Se nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas, o que fazer?
Conhecer um pouco mais sobre o tema, buscar ajuda, saber que frases como “vou desaparecer”, “vou deixar vocês em paz”, “eu queria dormir e nunca mais acordar” podem expressar ideias ou intenções suicidas. Um sinal de alerta que precisa ser compreendido como comunicação e que não deve ser ignorado.
A falta de esperança e de visão do futuro, a culpa, a baixa autoestima e a visão negativa da vida, sejam verbalizadas, escrita ou até mesmo em desenhos apontam a necessidade de maior atenção.
Fonte/Créditos: Porta Gospel Play, com informações de cvv.org.br
Créditos (Imagem de capa): Campanha de Prevenção ao Suicídio (Foto: Divulgação)
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