A Justiça de Goiás determinou, nesta sexta-feira (14), a prisão preventiva de João de Deus, suspeito de praticar abusos sexuais durante tratamentos espirituais, em Abadiânia, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal.
Sua última aparição em público ocorreu na quarta-feira, na casa Dom Inácio de Loyola. Seus advogados irão entrar com um pedido de habeas corpus na segunda-feira. A defesa do religioso classificou a ordem de prisão como “inaceitável”, uma vez que não tiveram acesso ao pedido de prisão do Ministério Público Estadual de Goiás, nem ao inteiro teor do depoimento das vítimas.
“Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Ainda sou irmão de Deus, mas quero cumprir a lei brasileira porque estou na mão da lei brasileira. João de Deus ainda está vivo. A paz de Deus esteja convosco”, diz João de Deus.
Um dos advogados que compõem a defesa de João de Deus, Thales Jayme disse que foi informado sobre o mandado de prisão, mas não tinha recebido o documento até as 12h30. Ele declarou também que não conseguiu falar com médium nesta manhã.
“Foi dito hoje, por uma fonte fidedigna, que a prisão havia sido decretada, estava de posse do mandado de prisão e com alguns policiais trabalhando, que eu visse a possibilidade de se apresentar, como seria, uma situação menos dolorosa, estou indo a Anápolis para ver se consigo falar com alguém”, disse o advogado.
“João de Deus”, como é conhecido, atende cerca de 10 mil pessoas por mês, sendo que aproximadamente 40% são estrangeiras. Os abusos relatados pelas vítimas teriam ocorrido depois do atendimento espiritual oferecido pelo médium. Em muitos casos, ele ameaçava as mulheres dizendo que a doença voltaria ou os espíritos importunariam as vítimas se elas não cedessem.
Fonte/Créditos: Portal Gospel Play, com informações de G1 e Metrópoles
Créditos (Imagem de capa): O médium João Teixeira de Faria conhecido como João de Deus (Foto: Cesar Itiberê / Fotos Públicas)
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