Uma semana após lançar um vestibular específico para candidatos transgêneros e intersexuais, a Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) decidiu suspender e anular o concurso, segundo informou o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (16), por meio de suas redes sociais.
O processo seletivo foi lançado em 10 de julho, ao todo, foram disponibilizadas 120 vagas, sendo 69 para 13 cursos no Ceará: Administração Pública (5), Agronomia (2), Antropologia (10), Ciências Biológicas (2), Enfermagem (6), História (10), Humanidades (10) Letras/Língua Inglesa (1), Letras/Língua Portuguesa (3), Matemática (3), Pedagogia (8), Química (4), Sociologia (5).
Também foram disponibilizadas 51 vagas para a Bahia, nos cursos de Ciências Sociais (8), História (8), Humanidades (8) Letras/Língua Portuguesa (9) Pedagogia (8), Relações Internacionais (10).
No dia do anúncio do edital, o MEC informou ao Globo que “as instituições de ensino superior têm autonomia para estabelecer seus próprios mecanismos de acesso”. Após o anúncio do presidente, o jornal O Estado de S. Paulo questionou o ministério sobre a “intervenção” feita e o respeito à autonomia da universidade, mas ainda não obteve resposta.
O lançamento do edital foi visto como um passo importante pela comunidade LGBT, já que as pessoas trans estão entre os grupos com menor inclusão no sistema educacional. No entanto, grupos conservadores e religiosos criticaram a ação.
A Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Federal) lançou vestibular para candidatos TRANSEXUAL (sic), TRAVESTIS, INTERSEXUAIS e pessoas NÃO BINÁRIOS. Com intervenção do MEC, a reitoria se posicionou pela suspensão imediata do edital e sua anulação a posteriori.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 16 de julho de 2019
Fonte/Créditos: Portal Gospel Play, com informações do Estadão
Créditos (Imagem de capa): Sede da Unilab em São Francisco do Conde (BA), Foto: Unilab/Divulgação
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