Em visita a igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira em Goiânia nesta sexta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro em sua declaração, argumentou sobre a necessidade de que um evangélico seja indicado para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (SFT), o nome do juiz Marcelo Bretas passou a ser cotado para a vaga. Bretas é juiz titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e responsável pelos julgamentos da Lava Jato no Estado.
O juiz é evangélico, e foi o responsável por decretar a prisão do ex-presidente da República, Michel Temer. Bretas também ganhou destaque por travar um embate jurídico com o ministro Gilmar Mendes, do STF. Na ocasião, o juiz de primeira instancia recebeu uma indireta do ministro após mandar prender um réu.
O presidente Bolsonaro chegou a criticar os ministros do Supremo pela decisão de equiparar a homofobia ao crime de racismo, e questionou se não estaria na hora de a Corte ter um magistrado evangélico.
“Com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, eu pergunto: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo, evangélico? Cristão assumido? Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E respeitamos, um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos um ministro no Supremo Tribunal Federal evangélico?”, disse.
Bretas já teve contato com o presidente, ao ser convidado para um coquetel. Além disso, ele já se manifestou diversas vezes nas redes em apoio a Bolsonaro. Esse perfil conservador atende ao tipo de ministro que os evangélicos gostariam de ter na Corte, garantindo a representação de cristãos em embates jurídicos.
STF
O desejo dos evangélicos de ter um ministro no Supremo ganhou força nos últimos anos, com decisões que foram tomadas contrariando o desejo da maioria conservadora do país, como no caso do aborto e no casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nestas duas ocasiões a Corte extrapolou sua competência, atropelando o Poder Legislativo.
Com o julgamento do tema “homofobia” pelos ministros, a carência de uma representação cristã ganhou mais força, já que com a maioria formada em favor da criminalização da homofobia, o STF coloca em risco a liberdade de expressão e a crença. O Supremo também poderá julgar a descriminalização da maconha no país.
Assista o vídeo!
"O Estado é laico, mas eu sou cristão. Não está na hora de o Supremo ter um ministro evangélico?" pic.twitter.com/XM7jTqyGCU
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 1 de junho de 2019
Fonte/Créditos: Portal Gospel Play, com informações de Gospel Prime por Michael Caceres
Créditos (Imagem de capa): Marcelo Bretas. (Foto: Leo Martins Agência O Globo)
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