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Em encontro, a Igreja Presbiteriana manteve a proibição de ordenação de mulheres ao pastorado

Pastoras e bispas de outras denominações não poderão mais ser convidadas para ministrarem nas igrejas

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Em encontro, a Igreja Presbiteriana manteve a proibição de ordenação de mulheres ao pastorado
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Recentemente, entre os dias 22 e 28 de julho, aconteceu o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no encontro, os líderes das denominações decidiram diversos assuntos, entre eles a proibição de pregações feitas por mulheres.

As decisões acordadas foram apresentadas em um texto publicado pelo reverendo Augustus Nicodemus Lopes nas redes sociais, os debates entre os pastores foram acalorados, com direito a vaias entre os religiosos favoráveis e contrários ao ordenamento feminino.

No mesmo texto, onde Nicodemus alerta para circulação de um áudio com a montagem da sua voz e do Rev. Josafá Vasconcelos, ele resume as decisões do Supremo Concílio, entre as quais a que afirma que as mulheres só poderão pregar na falta de oficiais do sexo masculino e sempre sob a autoridade do pastor.

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Para alguns presbiterianos a decisão foi um avanço, mas para outros, tal permissão foi um absurdo. Muitos criticaram nas redes sociais.

Outra decisão afirma que pastoras e bispas de outras denominações não poderão mais ser convidadas para ministrarem nas igrejas da IPB.

“É bom lembrar que não havia uma posição do SC sobre esse assunto e que abusos estavam acontecendo no âmbito da denominação, onde igrejas realizavam cultos com pastoras e bispas de igrejas neopentecostais e de outras linhas, e onde mulheres ocupavam regularmente os púlpitos”, explicou Nicodemus.

 

Leia abaixo a íntegra do texto publicado pelo reverendo Augustus Nicodemus Lopes nas redes sociais:

 

“Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: … o que semeia contendas entre irmãos” (Prov 6.16-19).

Tomei conhecimento, para minha tristeza, de um áudio montado com falas minhas e do Rev. Josafá Vasconcelos durante as discussões no plenário do Supremo Concílio da IPB realizado na semana passada (22-28/07/2018). As falas são referentes à interpretação da pergunta 158 do Catecismo Maior sobre quem pode pregar.

Após muitos debates no plenário, o Supremo Concílio aprovou uma decisão que segue em resumo:

1) a pregação regular nas igrejas é feita pelos seus oficiais (pastores e presbíteros); 
2) exceção a candidatos ao sagrado ministério; 
3) excepcionalmente, mulheres podem pregar, quando não houver disponibilidade de oficiais para pregar e sempre sob a autoridade do pastor (decisão com a qual o Rev. Josafá não concorda); 
4) proibição de mulheres ordenadas em outras denominações de ocuparem os púlpitos presbiterianos; 
5) reafirmação de todas as decisões anteriores que proíbem a ordenação de mulheres no âmbito da IPB.

É bom lembrar que não havia uma posição do SC sobre esse assunto e que abusos estavam acontecendo no âmbito da denominação, onde igrejas realizavam cultos com pastoras e bispas de igrejas neopentecostais e de outras linhas, e onde mulheres ocupavam regularmente os púlpitos.

Dezenas de pastores e presbíteros se inscreveram para falar sobre o assunto. Infelizmente, em alguns momentos (poucos, graças a Deus) houve vaias a oradores, críticas duras feitas de maneira descaridosa, gritos de repúdio a oradores que falavam tanto a favor quanto contra.

A fala do Rev. Josafá Vasconcelos aconteceu bem antes da minha fala. Entre o pronunciamento dele e o meu falaram cerca de meia dúzia de pastores e presbíteros. Portanto, nem Rev. Josafá estava se dirigindo a mim, e muito menos eu a ele. A preocupação dele e a minha foi e é que a IPB permaneça fiel à Palavra de Deus, embora discordemos do que isso significa na questão da participação das mulheres no culto.

O áudio montado passa a impressão que houve uma discussão entre nós dois, agravado com vaias e apupos. Pode não ter sido a intenção de quem o montou, mas o resultado final é calunioso, mentiroso, maligno e tem trazido mais destruição e cisma do que qualquer outra coisa.

Falei hoje com o Rev. Josafá, meu amigo de longa data, a quem muito amo e respeito. Temos diferenças sobre esse assunto, mas nunca nos faltou o amor e o respeito mútuos. Ele leu esse texto que escrevi e me autoriza a colocar o nome dele em aprovação. Juntos, lamentamos o acontecido, repudiamos esse áudio, e rogamos à igreja de Cristo que proceda segundo o ensino do Senhor, em respeito e amor fraterno, mesmo quando há discordância entre nós. Deus tenha misericórdia de sua igreja.

Rev. Augustus Nicodemus Lopes
Rev. Josafa Vasconcelos

Fonte/Créditos: Portal Gospel Play, com informações de Folha Gospel

Créditos (Imagem de capa): Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (Foto: Reprodução Facebook)

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