Neste sábado, (25/8), as igrejas adventistas em todo o Brasil e em 7 países sul-americanos, estarão realizando a campanha "Quebrando o Silêncio", que trata sobre a questão do suicídio, principalmente entre jovens.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS, cerca de 800 mil pessoas cometeram suicídio no ano de 2015. A maioria deles envolve jovens entre 15 e 29 anos, sendo a segunda maior causa de mortes nesta faixa etária.
Segundo psicólogos, 90% dos casos poderiam ser evitados com mais atenção por parte de pessoas próximas e ações de prevenção mais efetivas. A OMS ressalta, ainda, que 80% desses envolvidos enviam sinais em busca de ajuda, o cálculo é de que, em apenas 40 segundos, uma pessoa cometa suicídio em alguma parte do planeta e a maior parte desses envolvidos possui entre 15 e 29 anos.
Esse quadro em todo o mundo foi justamente o que motivou a criação do projeto “Quebrando o Silêncio”, iniciativa da Igreja Adventista no combate à violência, a eleger o suicídio como tema do ano para produção de materiais e ênfase nas ações ostensivas em vários países. Normalmente, no final de agosto (último sábado do mês), várias atividades do projeto ocorrem, embora haja ações ao longo do ano. Em 2018, a ideia é trabalhar na orientação sobre causas do suicídio e formas de prevenção.
O suicídio foi eleito tema do ano considerando-se o crescente índice de casos pelo mundo. Neste sábado, 25, igrejas adventistas em todo o Brasil realizarão palestras e passeatas para conscientização e prevenção do problema, além de feiras com atendimento psicológico gratuito.
O ponto é que a maioria dos suicídios poderia ser evitada se estivéssemos mais atentos aos avisos enviados pelos que planejam tirar a própria vida. Cansaço emocional, isolamento social e sono excessivo podem ser “pedidos de socorro” de quem não está lidando bem com seus problemas e que pode enxergar na morte uma solução, ainda que ilusória.
Os motivos que levam ao suicídio são variados e complexos. Podem ser decorrentes de um distúrbio mental, como depressão e ansiedade, de um abuso sexual, e de problemas sociais. Independentemente da causa, precisamos estar preparados para oferecer apoio e saber como agir preventivamente. Juntos podemos contribuir para a queda desses índices e colaborar para que os que sofrem com seus dramas pessoais tenham uma vida plena.
MARLI PEYERL é educadora e coordenadora da campanha Quebrando o Silêncio na América do Sul.
Papo firme
A coordenadora sul-americana do projeto Quebrando o Silêncio, Marli Peyerl, afirma que é fundamental uma conversa franca nas famílias, na sociedade em geral, para que o problema possa ser enfrentado adequadamente.
“É por isso que estamos investindo em revista, vídeos, materiais promocionais em geral e sugerimos a realização de fóruns ou debates para que o tema seja discutido com a seriedade que merece”, comenta a líder.
De acordo com a psicóloga Simone Bohry, Mestre em Psicologia Clínica e Cultura e especialista em Neuropsicologia e Terapia Cognitivo-Comportamental, é possível identificar quando alguém está pensando em suicídio. Daí a necessidade de conversar abertamente sobre isso, a fim de que haja tempo para uma intervenção eficaz.
Fonte/Créditos: Portal Gospel Play, com informações de Site Quebrando o Silêncio e Assessoria de imprensa nacional do Quebrando o Silêncio
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