O teólogo e escritor, Dr. Michael Brown, conhecido pelo programa de rádio “In The Line of Fire”, com alcance em muitos países que falam dialetos de base inglesa, está chamando a atenção da igreja para a evidente crise ética em nossos dias atuais.
A igreja está deixando de lado o que realmente precisa ser dito, adotou um modelo de passividade, afirmando que “o relativo silêncio em nossos púlpitos nos ajudou a mergulhar em nosso atual pântano moral". Temos coragem e integridade para enfrentar isso?
“Estou falando dos pastores e líderes que não têm sido uma voz profética. Eu estou falando sobre a necessidade de falarmos a verdade em amor, mesmo que haja consequências. Precisamos confrontar o pecado na sociedade e também na Igreja. O mandamento é para que nos conformemos à imagem de Deus e não segundo o mundo. Obediência é mais importante que ‘relevância’; é mais importante agradar a Deus que entreter as pessoas”, desabafou.
Em sua opinião, “a igreja não se preparou para a batalha das eras, onde as lutas acontecem no âmbito do campo moral, espiritual e cultural, não sendo uma batalha física, porque muitos pastores e líderes deram um som incerto ou nenhum som”.
A ideia que “cristãos podem ser gays” é cada vez mais aceita e já surgiram igrejas focadas especificamente nesse público. Mas isso não é tudo, o foco na prosperidade e a tentativa de agradar as pessoas para que assim as igrejas fiquem cheias, prejudicou muito a mensagem que deveríamos estar comunicando ao mundo, avalia Brown.
Com a regularidade em pregar em diferentes países do mundo, baseado em sua experiência ele faz uma advertência. “Nosso objetivo seria seguir o exemplo de Jesus e dos apóstolos – mesmo que leve à rejeição, perseguição e morte – em vez de seguir um ‘modelo’ de sucesso. O que vejo com frequência são mensagens [dos púlpitos] falando sobre ter sucesso na terra, e não o sacrifício pelo reino que defendiam os autores [do Novo Testamento]”.
O teólogo afirma, que foi estimulado a escrever novamente sobre o tema devido as críticas relativas ao recente vídeo “Can You Be Gay and Christian? [Você pode ser gay e cristão?], produzido pelo seu ministério. O Dr. Brown escreveu um livro com o mesmo título em 2014 e avalia que a reação poucos anos depois mostra como a sociedade se aproxima da normatização da “ditadura gay”.
Cheio de versículos e repetindo a mensagem bíblica e historicamente defendida, o material foi denunciado no Youtube por “discurso de ódio”, logo após, os vídeos foram desmonetizados em seu canal, Michael comentou ainda que o Google enviou um e-mail “lembrando de suas diretrizes contra conteúdo odioso”.
“Quantos pastores e líderes pregaram uma única mensagem clara sobre a Bíblia e a homossexualidade no ano passado? Quantas dessas mensagens você viu na TV ou ouviu no rádio ou ouviu pessoalmente?”, questionou. “Não é de admirar que muitos LGBTs estejam fortalecidos. A maior parte da igreja ficou em silêncio por muito tempo sobre isso.”
Brown destacou que “pior ainda são as mensagens ambíguas que pregamos sobre o tema. Um assunto, lembro-lhe, que os nossos filhos e netos lidam dia e noite nas redes sociais e na escola e com os amigos. Um assunto antes de nós na TV nos filmes. Um sujeito gritando para nós dos tribunais da nação. Um assunto que afeta a maioria de nossas famílias e vidas”.
No entanto, há um silêncio ensurdecedor nos púlpitos. Ou a mensagem é tão confusa que a única coisa que fica clara é que nada está claro.
Ao final, Michael afirmou que existem líderes remanescentes se posicionando contrários, mas acabam sendo uma voz dissonante no meio de tantos que parecem ter sucumbido ao “politicamente correto”. O alerta dele é bem claro: “Se comprometemos nossa mensagem, sendo covardes, sem postura e sem visão diante de uma das maiores crises morais da história, acabaremos amordaçados definitivamente”.
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Créditos (Imagem de capa): Dr. Michael Brown. (Foto: Reprodução / Youtube)
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