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O inimigo agora é outro! Segundo especialistas, 800 mil pessoas cometem “suicídio” anualmente

Durante muito tempo, evitou-se falar sobre o termo suicídio

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O inimigo agora é outro! Segundo especialistas, 800 mil pessoas cometem “suicídio” anualmente
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa no mundo tira a própria vida. O número de óbitos autoprovocados é consideravelmente maior que aqueles causados por homicídio: 800 mil por ano, contra 470 mil.

O estudo aponta um crescimento contínuo, especialmente em países pobres e em desenvolvimento. Os especialistas dizem que esse é um fenômeno complexo, que “exige abordagens em múltiplas frentes”.

O tema suicídio parece ganhar maior visibilidade quando se trata da morte de celebridades. A Associação Internacional de Prevenção do Suicídio, maior ONG atuando nessa área, foi fundada na década de 1960. Por causa de sua atuação, foi criado o Setembro Amarelo, que se consolidou como data mundial de conscientização sobre o problema.

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Entretanto, para o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, diretor e superintendente técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), isso não basta. “A forma de abordagem ainda é preconceituosa. As pessoas não querem aceitar que a doença mental existe. Mas é preciso deixar claro que suicídio é uma emergência médica. Quase 100% das pessoas que tentaram ou se suicidaram têm um quadro psiquiátrico. E são doenças mentais tratáveis. É o preconceito que estrangula a prevenção”, argumenta.

Uma revisão de casos conduzida pela OMS com dados de 15.629 suicídios ilustra bem essa situação: 35,8% das vítimas tinham transtorno de humor; 22,4% eram dependentes químicas; 10,6% tinham esquizofrenia; 11,6%, transtorno de personalidade; 6,1%, transtorno de ansiedade; 1%, transtorno mental orgânico (disfunção cerebral permanente ou temporária que tem múltiplas causas não psiquiátricas, incluindo concussões, coágulos e lesões); 3,6%, transtorno de ajustamento (depressão/ansiedade deflagradas por mudanças ou traumas); 0,3%, outros distúrbios psicóticos, e 5,1%, outros diagnósticos psiquiátricos. Os 3,1% restantes não significam ausência de doença mental, mas a falta de um diagnóstico adequado.

Todos esses transtornos são tratáveis com acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Porém, esbarram no preconceito não só de pacientes, mas de familiares e até de profissionais da saúde. “Em pleno século 21, tem gente que ainda acredita que psicólogo é coisa de doido”, lamenta Sílvia Raquel S. de Morais, professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). “Muitos pensam erroneamente que é melhor evitar falar do assunto, quando, na verdade, promover espaços para discussões e desmistificação de problemas mentais é algo muito importante e necessário, tendo em vista os modos de vida contemporâneos quase sempre centrados na solidão, nas distrações digitais, no individualismo e na competitividade exacerbada”, aponta a psicóloga, coautora de um artigo sobre representações suicidas, publicado na revista Psicologia, ciência e profissão.

O Brasil não tem um plano nacional de prevenção de suicídio, documento previsto apenas para 2020, quando o país deverá comprovar redução de 10% na taxa de suicídio, conforme compromisso firmado com a OMS. O primeiro boletim epidemiológico sobre o tema, porém, mostra que a realidade brasileira caminha na direção contrária. Lançado no ano passado, durante a apresentação da Agenda Estratégica de Prevenção do Suicídio (veja quadro), o levantamento mostra que a taxa em 100 mil aumentou de 5,3, em 2011, para 5,7, em 2015.

Entretanto, os números podem ser ainda maiores. O Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde depende dos dados enviados pelas autoridades, mas conforme lembram os especialistas, há subnotificação. “Quantos casos não entram como envenenamento, atropelamento, acidente, intoxicação?”, lembra o diretor e superintendente técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva.

Fonte/Créditos: Portal Gospel Play, com informações de Correio Braziliense

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