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Thursday, 28 de March de 2024
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Os pensamentos que rondam os Ministérios

Série de Estudos Bíblicos "Influenciando o mundo"

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O pensamento da Igreja Empresa tem ganhado espaço no meio evangélico, a visão marqueteira está influenciando até mesmo no chamado pastoral.

A frase “Templo é dinheiro” já é conhecida e admirada por alguns futuros empresários do sagrado. De quem seria a culpa?

Acredito que do fraco alimento espiritual levado aos púlpitos que são corrompidos pela Teologia do “enriquecimento material” que abafa a mensagem da cruz.

Este pensamento já atingiu até os lideres, ministros e pastores que já estão na caminhada do Evangelho a muitos e muitos anos, só para esclarecer como isto tem prejudicado a igreja, qualidades como carisma pessoal, dinamismo, capacidade gerencial, eloqüência verbal e iniciativa estão sendo mais valorizadas na escolha da mão-de-obra pastoral do que humildade, espiritualidade, conhecimento bíblico e temor a Deus.            

O testemunho, a unção, o conhecimento ou a abertura para o conhecimento já não são tão importantes, a alavanca que produz a escolha do futuro empresário do sagrado é procurar homens que pelas suas habilidades e capacidades trarão lucros aos caixas.

Mas e aquelas características que o Apóstolo Paulo deixa registrado em suas cartas pastorais?

A resposta de alguns diretores eclesiásticos é que estas qualidades vêm com o Tempo e que outros cursos são mais produtivos para a igreja, infelizmente os pastores começam a ser mais coach do que um líder espiritual preocupado com o ensino bíblico.

A preparação espiritual é rasa a ponto de se basear em livros de autoajuda e outros que dão os passos para pregar, determinar, ungir objetos e o que faltar, o Espírito Santo manda! 

Dentro desta visão, o futuro ministro precisa se preocupar, em render mais no material do que no espiritual, porque se o espiritual for fraco a culpa é do Espírito Santo que não encheu o vaso.

 

Como ficaria o Apóstolo Paulo nos dias de hoje?

 

Será que seu ministério seria considerado próspero?

Ele ganhou muitas almas, mas não levou vida confortável. Foi preso, espancado, perseguido. E ainda por cima tinha de trabalhar para se manter. Ele seria valorizado ou descartado se fosse membro de sua igreja?

Como a situação já ficou descarada demais, eu não me escandalizaria de um dia passar em frente de uma igreja e ler em uma faixa - “Igreja Evangélica O APRENDIZ” - Venha para a mais nova sensação do momento! Inauguração neste Domingo.  Atrás do Púlpito, a frase destacada na parede não é “Tudo Posso naquele que me fortalece”, mas “Tenha uma vida de prosperidade, aprenda a determinar e esqueça a vontade de Deus”. 

 

Outro pensamento que também está sendo adquirido por algumas igrejas, é a “Teologia do adestramento”.

O candidato ao cargo de ministro da Palavra ou o membro da igreja é privado de pensar, questionar e dar opiniões, mais ou menos como a ditadura da “Infabilidade Papal”. Este modo de agir está sendo adotado em diversos círculos evangélicos e se estende a todos que estiverem sob sua influência, se o membro um dia quiser chegar a pastor, bispo, apóstolo, arcanjo, Serafim ou semideus, só tem um caminho: obedecer sem questionar. O direito de opinar ou pensar está fora da “revelação divina” recebida pelo dono da igreja.

Ao membro, só resta a aceitação. Nada de explicações sobre os métodos empregados ou sobre o que se fala do púlpito, o candidato só pode ter um ato, de aceitação, assim ele ganha o seu biscoitinho, já tendo um ato de rejeição, ele é punido para que o poder eclesiástico não perca as rédeas.

A Palavra de comando desta “Teologia” é “junto” e “fica”.   

Outro pensamento que ronda os diversos ministérios é a punição imediata se alguém oferecer perigo ao ministério ou aos ideais do pastor. Se errar então, sai debaixo. O perdão é só pregado para encher lingüiça. O amor fica em segundo plano.

Uma pergunta paira sobre o ar: Se Pedro fosse membro de uma igreja dos tempos de hoje, qual teria sido o seu fim?

Eu respondo :Pedro teria sido excluído por ter traído o seu pastor e seria considerado um homem sem vida espiritual, provavelmente não teria o direito à defesa ou a uma segunda chance, e jamais ouviria de seu líder: “Tu me amas? Então, apascenta as minhas ovelhas”.

 

O sentimento que Pedro iria experimentar não seria o amor e o carinho de quem perdoa, mas o ódio e a rejeição de quem possui o poder, mas esquece que também foi perdoado pelos erros que cometeu.

Penso que muitos personagens bíblicos nunca iriam experimentar o amor de Deus porque seriam julgados pelos homens e apedrejados antes de terem a esperança de serem amados. Pense na mulher adultera, em Maria Madalena, no ladrão da cruz, no apóstolo Paulo e outros que aos olhos humanos deveriam morrer pelos seus atos, mas aos olhos de Deus foram amados e conseguiram alcançar a misericórdia.  

Acredito que se a igreja promove pensamentos como estes, o único que teria um final igual ao que teve seria Judas.

É claro que nem todas as igrejas estão neste caminho, existem homens que investem nos seus futuros obreiros pensando nas almas salvas e libertas pelo pecado. Pois o Plano de Deus sempre foi à salvação do homem e ele está impregnado nos corações dos verdadeiros servos de Deus.

Tenho a certeza de que a igreja não vai perecer nesta caminhada porque ela não está firmada em pensamentos ou objetivos humanos, mas sim, em uma promessa - “As portas do inferno não vão prevalecer contra ela”.

“Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem.

Tenho a certeza de que se no mundo existisse só um pecador, Jesus teria deixado a sua glória e morreria para resgatar apenas uma única alma”.

E você, Ministro do Senhor, está disposto a deixar os cifrões para alcançar uma única vida?


Seja abençoe pelo Senhor!

Pr. Alexandre Farias Torres

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Fonte/Créditos: Portal Gospel Play, com informações de Pr. Alexandre Farias Torres

Créditos (Imagem de capa): Qual é o seu foco?! (Imagem de Gerd Altmann por Pixabay).

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